COLÉGIO ESTADUAL
IDELZITO ELÓI DE ABREU
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| Cavalaria de abertura na Micareta do Palmeiras Futebol Clube (Década de 50-60) | Acervo: Lair Araújo |
Se lembra da
fogueira
se lembra dos
balões
se lembra dos
luares, dos sertões
A roupa no
varal, feriado nacional
e as estrelas
salpicadas nas canções
Se lembra quando
toda modinha falava de amor
Pois nunca mais
cantei, maninha,
depois que ele
chegou
Se lembra da
jaqueira
a fruta no capim
o sonho que você
contou pra mim
Os passos no
porão
lembra da
assombração
e das almas com
perfume de jasmim
Se lembra do
jardim, maninha,
coberto de flor
Pois hoje só dá
erva daninha
no chão que ele
pisou
Se lembra do
futuro
que a gente
combinou
Eu era tão
criança e ainda sou
Querendo
acreditar que o dia vai raiar
Só porque uma
cantiga anunciou
Mas não me deixe
assim tão sozinho
a me torturar
que um dia ele
vai embora, maninha
pra nunca mais
voltar
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| Terno da Esmeralda (1957) | Acervo: Lair Araújo |
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| Odaliscas do Baile de Carnaval (1959) | Acervo: Lair Araújo |
Você tem saudade
de que?
A poesia de
Chico Buarque de Holanda nos convida a brincar com as nossas reminiscências
talvez da infância, daquela festa, daqueles costumes ou de um amor que erra
vidro e se quebrou.
Num passado não
muito distante muitas as famílias Ituberaenses se reuniam em agremiações para
coletivamente celebrarem as suas festas, nestas celebrações exibiam seus gostos
ostentando a alegria de viver nos endereços Palmeira Futebol Clube, Vitoria
Futebol Clube, Clube Firestone, Ringue e nas ruas da nossa cidade ou na roça,
eram festas memoráveis.
Sem mera
nostalgia aquelas festas eram, sobretudo, eventos e celebrações
da cultura popular capaz enraizar em cada um dos participantes, do
grupo social, seus
valores, suas
normas, tradições, resistências e memorias como diz René Marc:
“Falar da
memória é, antes de tudo, falar de uma faculdade
humana. A
faculdade de conservar estados de consciência pretéritos
e tudo o que
está relacionado a eles. Bem, a faculdade da memória é
responsável por
nossas lembranças. Certo, mas falar de lembranças
é falar
necessariamente de quem lembra. Ora, quem efetivamente
recorda são os
indivíduos. Portanto, toda memória humana é memória
de alguém, de um
indivíduo. Ela se refere, antes de tudo ao Eu, ao
olhar que essa
pessoa constrói a respeito de si mesma, da identidade,
Voltando a
pergunta inicial Você tem saudade de que? O colégio Idelzito Elói de Abreu
abriu os álbuns das famílias, proseou com pessoas que viveram aquela época e se
encantou com as lembranças das noites do São João tradicional, dos bailes, das micareta, dos mascarados e de ver a banda
passar tocando coisas de amor. Estas são as nossas saudades.
Referências:
SILVA, René Marc
da Costa. Cultura popular e educação
Salto para o futuro Brasília - TV Escola/SEED/MEC.








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